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sábado, 14 de janeiro de 2012

PERIGO NO PRATO DE COMIDA




Quanto mais estudo e pesquiso sobre nutrição, mais convencido me torno de que esse profissional deveria estar no topo da classe de profissionais que lidam com a saúde. Principalmente agora que as doenças crônicas degenerativas progressivas estão no topo das estatísticas como as que mais matam no mundo inteiro. Desde a publicação das pesquisas da Organização Mundial de Saúde sobre fatores determinantes de saúde (1991), ficou bem claro que os hábitos do estilo de vida são decisivos para o estabelecimento e o progresso desse grupo de enfermidades terríveis, dentre elas o diabetes, a hipertensão, as cardiopatias, a artrose, etc.

A pesquisa aponta o estilo de vida como o fator capaz de determinar saúde ou enfermidade em 53% dos casos. O mais importante é que "estilo de vida" é um conjunto de hábitos (saudáveis ou não), que podem passar de 20 em algumas relações e podem ser também resumidos em 8, como nos ensina a escritora Ellen White. Não obstante, é coveniente notar que mesmo com esta lista imensa, a alimentação corresponde a cerca de 50% do potencial desses hábitos para causar ou não, as enfermidades. Os outros 50% correspondem aos demais hábitos.

Recentemente recebi da Dra. Gina Abdala, enfermeira e doutora em áreas de saúde, um comunicado sobre as recentes mudanças no paradigma alimentar que estão vindo dos Estados Unidos, dando contas de que a velha pirâmide alimentar, responsável pelo peso excessivo dos americanos e por seus alarmantes índices de obesidade com todos os inconvenvientes ligados a isso, está com seus dias contados. Agora surge uma figura com um prato que sugere 50% de frutas e hortaliças. Que legal! Que extraordinário! Que pena que o equívoco somente foi percebido décadas depois de cometido, bem como também depois de perda de muitras vidas e milhões de dólares gastos inutilmente.

Pesquisas, pesquisas e mais pesquisas são feitas para se saber qual é a mais adequada forma de se alimentar um povo. O intrigante é que as respostas são simples: basta ver quem vive mais, de maneira mais saudável e o que come, bem como o que faz na vida. É nesse sentido que podemos fazer distinções tão obvias quanto as que observamos, por exemplo, entre os adventistas do sétimo dia. Nos Estados Unidos, mais precisamente em Loma Linda, os adventistas têm hábitos bem distintos da população em geral. Segundo nos informou o Pr. Milton Torres, quem viveu por lá muito tempo, cerca de 90% dos adventistas praticam o vegetarianismo ou ovo-lacto-vegetarianismo. Eles são longevos e saudáveis. Podem trabalhar até mais de 90 anos e geralmente morrem depois dos 100 anos, de causas naturais. Já no Brasil, onde os adventistas não copiam o modelo americano (somente cerca de 10% é vegetariano), os índices de enfermidade e a frequência de enfermidades crônicas degenerativas beira os índices da população em geral. Os poucos números favoráveis aos adventistas brasileiros, em materia de qualidade de vida, devem-se, ainda assim, a hábitos como a abstinência de fumo e alcool, carnes vermelhas, etc.

Colocar comida no prato, hoje em dia, é uma decisão para a vida ou para a morte que deve ser feita a cada refeição. A incrível quantidade de pesticidas e adubos químicos, somada aos aditivos como umectantes, flavorizantes, espessantes, corantes, acidulantes e conservantes, dentre outros, nos propiciam uma verdadeira sopa química capaz de desestabilizar qualquer organismo. Por isso é que lhes digo que o perigo ronda a mesa e mora nos pratos. Cuidado!




Prof. Silvio Bernardes é Consultor de Saúde e Qualidade de Vida do CENESI - Centro Naturalista de Educação em Saúde Integral Ltda. Também é professor da FADBA - Faculdade Adventista da Bahia, ensinando nos cursos superiores de Enfermagem e de Fisioterapia. É professor da FAN - Faculdade Nobre, lecionando para os cursos superiores de Biomedicina e Nutrição. Especializou-se em Biologia Geral pela FESP atual Universidade de Pernambuco. É Mestre em Saúde Pública pela Universidade de Loma Linda - Califórnia, Estados Unidos da América. Também é Naturopata pelo SINTE e Médico Veterinário pela Uni versidade Federal Rural de Pernambuco.